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Letras
CEFET-MG

2021

Última modificação: Quarta-feira, 10 de julho de 2024

*A versão dos trabalhos, em PDF, é autorizada e disponibilizada pelos próprios autores e orientadores, a partir de contato pelo e-mail: letras-ns@cefetmg.br.

Aluno: Adriana Mara Ricoy Soares
Título do Trabalho: O Saber Morfossintático do Pronome Demonstrativo
Invariável ‘O’ Associado ao Popular “Eu Quem o Diga” e seu Viés Discursivo-Analítico
Orientador: Prof. Cláudio Humberto Lessa
Resumo: Este trabalho apresenta pesquisa envolvendo 24 voluntários, que visou verificar o conhecimento desses sujeitos sobre o uso do pronome ‘o’, presente em frases ou expressões tais como “eu quem o diga”, o qual pode ser substituído pelo pronome demonstrativo invariável ‘ISSO’ acompanhando somente verbos, no contexto de uso do Português Brasileiro. Além disso, objetivamos analisar como se compreende e se constrói sua referenciação anafórica ou catafórica. Alguns estudiosos confirmam que o pronome demonstrativo invariável ‘o’ tem valor retroativo de construção da frase, e que a referenciação, ainda que expressa pelo pronome “isso”, nem sempre está clara ao leitor. Essa construção possui funções morfológicas e sintáticas que foram investigadas tanto por Neves (2011) quanto por Bechara (2005). Além desses autores, dialogamos com Faraco (1999), Ilari & Castilho (2015), Koch (2015), Bagno (2009), entre outros, a fim de explicar o funcionamento do pronome a partir das perspectivas da Gramática Normativa, da Linguística textual e da Sociolinguística. Os dados coletados por esta pesquisa mostraram que os sujeitos, em sua maioria, conseguem, por inferência, recuperar o referente ao qual se refere o pronome “o”, embora não tenham apresentado conhecimento metalinguístico quanto à classe de palavra à qual pertence o item analisado e quanto à sua função sintática nos contextos que lhes foram apresentados.
Palavras-chave: Pronome Demonstrativo Invariável ‘O’; Morfossintaxe; Anáfora; Referenciação; Eu Quem o Diga.


Aluno: Ana Luísa Araújo de Albuquerque
Título do Trabalho: O Discurso Ativista em Defesa dos Direitos Animais na Rede Social Instagram
Orientador: Prof. Antônio Augusto Braico Andrade
Resumo: Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo compreender como e com qual finalidade os ativistas em defesa dos direitos dos animais se posicionam nas redes sociais digitais. Na atualidade, as redes sociais digitais ocupam importante espaço na interação social, tornando-se também um dos principais meios de informação, formação de conceitos e opiniões. Ao analisarmos, na Internet, as publicações de influenciadores que atuam no ativismo animal, levantamos questionamentos acerca das estratégias discursivas utilizadas por eles, da imagem construída do movimento ativista e dos potenciais efeitos provocados em seguidores. A fim de se obter essas respostas, realizamos a análise dos perfis e algumas postagens no Instagram dos ativistas Luisa Mell, Fred Costa e Ricardo Laurino. Para dar conta da dimensão desta pesquisa, traçamos a contextualização histórico-político-social sobre os direitos dos animais (FODOR, 2016); as redes sociais digitais e a comunicação mediada pelo computador (RECUERO, 2009; 2012); as figuras dos influenciadores digitais (SILVA; TESSAROLO, 2016); e sobre o ativismo na Internet (PEREIRA, 2011). Como fundamentação teórico-metodológica, utilizamos a teoria Semiolinguística da Análise do Discurso, de Patrick Charaudeau (2005; 2012), desenvolvendo os conceitos de discurso, atos de linguagem, contrato comunicativo, visadas discursivas, modos de organização e as retóricas logos, ethos e pathos para auxiliar nossa investigação. A partir da análise, evidenciamos as tendências do uso de estratégias discursivas e do estilo de escrita de cada ativista, bem como as visadas discursivas particulares de cada postagem. Entendemos que o modo como cada ativista aborda a temática dos direitos animais deve-se a fatores externos relacionados à contextualização histórico-social e identitária dos ativistas, tais como a atuação na área da comunicação, a ocupação política e de cargos de liderança. Por fim, pudemos observar que, apesar de cada postagem possuir suas próprias visadas, as publicações dos ativistas parecem ter como finalidade geral a mobilização de internautas, de modo a gerar impacto e mudanças a favor das causas animais, tais como a própria mobilização social, a criação ou vetos de leis, a penalização para as práticas de maus-tratos, entre outras. De tal forma, os ativistas parecem atuar em consonância com a nova Ética Ambiental, com preocupação moral voltada para a relação entre a espécie humana, os demais animais e o meio ambiente.
Palavras-chave: Discurso ativista; Direitos dos Animais; Instagram; Análise do Discurso; Semiolinguística.


Aluno: Anália Mathias Galvão
Título do Trabalho: A vida do livro além do autor: como as fanfictions de Harry Potter possibilitam a expansão do universo ficcional
Orientadora: Profª. Paula Renata Melo Moreira


Aluno: Arthur Matheus Rosa Santos
Título do Trabalho: Os Imaginários Sociodiscursivos sobre o Racismo em Letras de Canção dos Racionais Mc’s
Orientadora: Profª. Lílian Aparecida Arão
Resumo: Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo investigar como as letras dos Racionais MC’s repercutem os imaginários sociodiscursivos sobre o racismo por meio de canções de rap. Como corpus de pesquisa, escolhemos três canções, Racistas Otários (1990); Otus 500 (2002) e Eu Compro (2014) respectivamente, para realizarmos nossa análise histórica, a fim de compreender a voz que ali se depreende. Para tanto, utilizamos como aporte teórico-metodológico a Semiolinguística, do linguista francês Patrick Charaudeau, e nos apoiamos sobre os imaginários sociodiscursivos e ethos defendidos pelo mesmo autor. Retomamos conceitos e pensamentos sob a ótica de Frantz Fanon (2008) e Djamila Ribeiro (2019; 2020). Em um primeiro momento revisitamos o advento e a história do movimento Hip-Hop em Nova York, dissertamos a respeito de seus elementos e sua chegada no Brasil. Em solo verde e amarelo, buscamos compreender como se deu o surgimento e propagação do manifesto cultural e a formação do quarteto que viria a se tornar um dos grupos de rap mais famosos do país, como também traçamos um breve detalhamento da trajetória do grupo. Revisitamos sua discografia. Procuramos desvelar e identificar as raízes do racismo institucionalizado, presente em nossa sociedade. Quando analisamos as letras de rap do grupo que atua há mais de três décadas, pudemos entender o quão importante é o legado trilhado por eles. A pesquisa proposta almejou discorrer e dar visibilidade às contribuições efetivas das canções dos “quatro pretos mais perigosos do Brasil”, demonstrando as habilidades discursivas assumidas pelo coletivo que atua no movimento hip-hop brasileiro e suas possíveis influências. O cotidiano do brasileiro é difícil, principalmente do pobre, negro e favelado, infelizmente vivemos em um país, que desvaloriza sua ancestralidade, e continua a negar direitos aos oprimidos, A contribuição dos Racionais é inegável para o cenário do rap nacional. Nesses trinta anos de atuação, ainda se mantêm engajados na luta contra a discriminação e o racismo.
Palavras-chave: Análise do Discurso; Imaginário Sociodiscursivo; Rap; Racismo; Racionais MCs.


Aluno: Bruna Maia Duarte
Título do Trabalho: Por Mulheres, para Mulheres: Atuação das Editoras Luas, Quintal e Macabéa no Mercado Editorial
Orientadora: Profª. Maria do Rosário Alves Pereira.
Resumo: A fim de conhecer e retratar a atuação de editoras brasileiras pequenas e independentes que iniciaram seus trabalhos no mercado recentemente, as editoras mineiras Luas e Quintal, e a carioca Macabéa foram escolhidas como objetos desta pesquisa por publicarem somente obras de autoria feminina e por terem somente mulheres na participação de suas equipes. Pretendeu- se fazer uma análise da relevância dessas casas editoriais ao promoverem oportunidades de publicação para autoras e ao possibilitarem o aumento de mulheres nas prateleiras, tendo como consequência o incentivo à bibliodiversidade. Para a construção da base teórica da pesquisa, foram trabalhados os conceitos de “independente” e de “editoras independentes”, com pesquisadores como Colleu (2006), Thompson (2013), Hawthorne (2014) e Muniz Jr. (2015, 2016, 2019); e para compreender a participação da mulher na literatura e na edição, utilizaram-se textos como os das pesquisadoras Duarte (2007), Ribeiro (2019, 2020) e Dalcastagnè (2012, 2020). Para o entendimento de como se dá a atuação das três editoras, foram elaboradas entrevistas – realizadas de forma escrita e enviadas por e-mail por ocasião da pandemia vivida neste contexto –, com a intenção de saber quais foram suas motivações para a criação de suas editoras, o processo de implementação e os frutos dessa realização. Os resultados desta pesquisa apontam para várias posturas em comum entre elas, como a intenção e persistência em manter o protagonismo feminino em suas equipes e nas autoras publicadas,a produção de catálogos respaldados na diversidade e o incentivo à leitura de escritoras que publicam ou não com elas, proporcionando uma rede de resistência por meio da colocação do feminismo em prática no comando de suas editoras.
Palavras-chave: Mulheres na Edição; Editora Luas; Quintal Edições; Macabéa Edições; Bibliodiversidade.


Aluno: Gabrielle Freitas Souza
Título do Trabalho: A mulher no jornalismo esportivo de televisão: um breve histórico dessas profissionais
Orientadora: Profª. Alcione Gonçalves


Aluno: Hozana Silva Guimarães Chaves
Título do Trabalho: Análise do humor como estratégia discursiva em pregações sobre manutenção do matrimônio
Orientadora: Prof. Cláudio Humberto Lessa


Aluno: Iara Mendes Dos Santos
Título do Trabalho: Poéticas da resistência: O Encontro Intermidiático entre Carolina Maria de Jesus e Emicida
Orientadora: Profª. Paula Renata Melo Moreira.
Resumo: Localizado no âmbito da Literatura Comparada, mais precisamente na área dos estudos intermidiáticos, o presente trabalho utiliza uma perspectiva interdisciplinar para analisar o cruzamento entre literatura e música. Elegendo a autora Carolina Maria de Jesus, com seu livro Quarto de Despejo (1960), e canções do rapper Emicida como corpus de análise, o trabalho procura compreender de que forma os artistas utilizam o fazer artístico como ferramenta de resistência. A discussão da resistência na arte, como tema e como processo inerente a ela, encontra base teórica nas considerações feitas por Alfredo Bosi (2002) e bell hooks (2019), que fornecem entendimento da resistência como um motor artístico. Partindo das produções autorais de Emicida e Carolina, e delas retirando a representação que eles constroem do que é ser negro na sociedade brasileira, buscamos, por meio de aproximações temáticas, amparados pelos conceitos de Escrevivência, de Conceição Evaristo (2020), e Cantovivência, de Victoria Villanova (2021), observar como a arte se apresenta como uma forma de dar a conhecer a situação do povo negro; como o fazer artístico é visto como uma possibilidade de ascensão e como a arte também se mostra como espaço de reinvenção da realidade. Encontramos, ao final da análise, dois artistas que, conscientes da sua condição racial e periférica, se colocam como porta-vozes de um povo que compartilha com eles a marginalidade social. Para além disso, Carolina e Emicida fazem das suas obras um espaço de representação e luta pela autoestima e libertação do povo negro, sem, contudo, deixar de lado a poesia que se encontra entre as brechas da dura realidade.
Palavras-chave: Escrevivência; Cantovivência; Resistência Negra.


Aluno: Lаrа Cristinа Cаlаbró Ribеirо
Título do Trabalho: А Pоtênciа dо “Sim”: Um Estudо dо Trágicо еm “А Hоrа dа Estrеlа” dе Clаricе Lispеctоr
Оriеntаdоrа: Profª. Ângеlа Viеirа Cаmpоs.
Resumo: Еstа mоnоgrаfiа visа аnаlisаr а оbrа А hоrа dа еstrеlа dе Clаricе Lispеctоr (1920-1977), últimо livrо publicаdо еm vidа pеlа аutоrа. Nоvеlа dе еstruturа cоmplеxа е inоvаdоrа quе situа-sе еntrе а ficçãо е а rеаlidаdе. Prоpõе-sе um diálоgо еntrе а filоsоfiа dо pеnsаdоr аlеmãо Friеdrich Niеtzschе (1844-1900) е А hоrа dа еstrеlа, nо quаl о fоcо principаl é а pеrspеctivа dо trágicо cоmо аfirmаçãо dа vidа.
Pаlаvrаs-chаvе: А Hоrа dа Estrеlа; Clаricе Lispеctоr; Estruturа Nаrrаtivа; Niеtzschе; Trágicо.


Aluno: Mariana Cristina Faria
Título do Trabalho: Construindo um lugar de fala: uma análise editorial de Djamila Ribeiro
Orientadora: Prof. José de Souza Muniz Jr.


Aluno: Priscila Viégas Duque
Título do Trabalho: Sociedade Bíblica do Brasil: Trajetória e Atuação Editorial
Orientador: Prof. Luiz Henrique Silva de Oliveira
Resumo: Esse trabalho de conclusão do curso teve como objetivo analisar a trajetória e o trabalho editorial desempenhado pela Sociedade Bíblica do Brasil, que atua no segmento religioso. A partir de uma pesquisa bibliográfica e documental, coletaram- se informações acerca da história e atividade das Sociedades Bíblicas no país. Posteriormente analisou-se como ocorreu a fundação da SBB, como é desenvolvido o seu trabalho de publicação da Bíblia e quais outros materiais são produzidos. Esse estudo se pautou por reflexões de teóricos do campo editorial e das traduções, tais como John B. Thompson e Walter Benjamin. O que foi constatado é que a Sociedade Bíblica do Brasil tem desempenhado um papel fundamental na distribuição das Escrituras no país. A editora procurou tornar o livro sagrado acessível a todos, buscando proporcionar traduções da Bíblia que sejam entendidas pela população, além de criar visuais modernos para esta, que dialoguem com as gerações. A SBB produz Bíblias temáticas, folhetos, livretos, livros e, desse modo, possui um catálogo diversificado, com temas dentro do universo religioso, um segmento do mercado editorial que tem crescido nos últimos anos no país.
Palavras-chave: Sociedade Bíblica do Brasil; Bíblia; Editora; Trajetória; Livro.


Aluno: Sofia Ludgero Drumond
Título do Trabalho: Adaptações Livres de Livros Literários: Experiências Pandêmicas e Possibilidades para Aulas Bilíngues sob uma Abordagem Multimodal na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I
Orientadora: Profª. Ana Elisa Ribeiro
Resumo: Diante da demanda de adaptação de materiais didáticos durante o ensino remoto e com a volta do ensino presencial com restrições – decorrentes dos desdobramentos da pandemia do Covid-19 –, livros literários foram livremente modificados. Dentre as mudanças, vale destacar a adição de imagens animadas e efeitos sonoros atrelados às histórias, a fim de auxiliar no processo de aquisição de conteúdos e língua em aulas bilíngues (português/inglês). Sendo assim, objetiva- se, neste trabalho, investigar como a adoção de uma abordagem multimodal na contação de histórias pode contribuir para a aquisição linguística. Os materiais foram analisados a partir de um relato de experiência da adaptação dos livros e um paralelo com a bibliografia levantada das análises e pesquisas de campo, de livros ilustrados e digitais, e os efeitos causados pelos múltiplos modos que constroem as obras, bem como a resposta de leitores/as à apresentação desses materiais. Como resultado, constatou-se a relação entre as imagens animadas, os sons e a língua, bem como a relevância dos multiletramentos para o contexto atual.
Palavras-chave: Multimodalidade; Literatura; Ensino Bilíngue.


Aluno: Vanessa Cristina Da Silva Sá
Título do Trabalho: A Construção e a Representação da Personagem Feminina em Harry Potter: Uma Análise da Personagem Hermione Granger
Orientadora: Profª. Paula Renata Melo Moreira