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Letras
CEFET-MG

Homenagem a Gabriela Aparecida Nascimento

Quinta-feira, 26 de novembro de 2020
Última modificação: Quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Este ano não foi fácil. Agonizamos pela falta. Falta de liberdade, de abraços, da rotina ordinária e das pessoas do convívio. Mas uma falta, mais especificamente, nos fez um buraco, uma dor gigantesca. Nós, da turma do quinto período, perdemos a nossa querida amiga Gabriela Aparecida Nascimento, a nossa querida Gabi.

Ela era uma mulher de fibra e sonhadora. Antes da pandemia, declamou  o poema “Gritaram-me negra” de forma emocionada, com as forças que tinha e que estavam prestes a se esvair. Ela, que era o abraço de consolo de muitos, a presença paciente e constante, se foi. Sim, perdemos a nossa querida Gabi, mas sempre e sempre a levaremos conosco.

 

O silêncio de Gabriela

Gabriela das cores,
das flores, das tranças.
Gabriela do amor,
dos sonhos, da dor.
Gabriela do mundo encantado,
da luta pelo seu lugar,
da companheira e da poeira.
Gabriela da aventura, da inteligência,
da natureza, da alegria e do dia,
da foto no museu, dos amigos, da paciência.
Gabriela da luta, da escuta e do silêncio!
Aonde estás? És a moça bonita da minha poesia!
O vento não te traz mais.
Está tudo tão calmo, calado, mudo.

(Rosânia A. Silva)